This website is using cookies

We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue without changing your settings, we'll assume that you are happy to receive all cookies on this website. 

Born, Nicolas: uma aldeia ao meio-dia… (Ein Mittag im Dorf macht noch kein Gedicht in Portuguese)

Portre of Born, Nicolas

Ein Mittag im Dorf macht noch kein Gedicht (German)

hier haben wir es aber schon 
es ist aus dem Fenster gesehen und auch
        von innen 
ein braunes altes Sofa kommt vor
        das war schon die Stelle mit dem Sofa 
es wird nie richtig anwachsen 
wie auch die Schwarzwaldtanne nicht anwächst.
        Der Ort ist übel 
was machen wir damit wenn wir in den Städten
        das NEUE LEBEN anfangen 
wenn wir die Städte platzen und auffliegen lassen
        zugunsten einer Liebesgeschichte? 
Jetzt muß ich aufpassen daß ich nicht anwachse 
eine graue Dachrinne geht um das Haus so wie du 
um mich herumgehst als wäre ich angewachsen:
        »Soll ich die Gardinen heute waschen 
oder morgen oder geht es noch?«
        »Laß doch Mutter ich fahre ja morgen wieder.« 
Sie sieht erstaunt auf: »Morgen schon wieder?« 
Ich streife sie mit einem melancholischen Blick 
dann die Teppichstange im Garten auf der jetzt drei
        kleinere Vögel angewachsen sind. 
In diesem Augenblick schaltet sich im Keller
        die Heizung an.
»Es wird gleich wieder wärmer« sagt sie 
und dabei geht eine große Wärme von ihr aus.



Uploaded byP. T.
Source of the quotationhttp://www.lyrikline.org

uma aldeia ao meio-dia… (Portuguese)

uma aldeia ao meio-dia não é ainda um poema 
         mas eis que o temos  aqui
 visto da janela e também         
         de dentro
 há  nele um velho sofá castanho
         agui já está a referência ao sofá
 nunca conseguira criar raizes a série
 do mesmo modo que o abeto da floresta negra nunca cria raizes.
         o terreno é mau
 que faremos com ele quando nas cidades
         iniciarmos a   n o v a   v i d a
quando fizermos estoirar e ir pelos ares as cidades
         em favor ruma história de amor?
agora sou eu quem tem de ter cuidado para não criar raizes
a toda a volta da casa corre uma goteira cinzenta tal como tu
andas à minha volta como se eu tivesse criado raizes:
         "achas que lav hoje as cortinas
ou amanhã, ou ainda estão boas?"
         "deixa lá, mãe, eu amanhã vou-me embora outra vez."
surpreendida, ela levanta os olhos: "amanhã já, tão cedo?"
deito-lhe um olhar fugidio e melancólico          
e outro a armação para bater tapetes, no quintal, onde
         agora três pequenos pássaros criaram raizes,
neste momento dispara na cave o automático
         do aquecimento.
"daqui a pouco já fica mais quente" diz ela
e ao dizê-lo irradia um calor imenso.



Uploaded byP. T.
Source of the quotationhttp://www.lyrikline.org

minimap