This website is using cookies

We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue without changing your settings, we'll assume that you are happy to receive all cookies on this website. 

Ribeiro Couto, Rui: Fürdés (O banho in Hungarian)

Portre of Ribeiro Couto, Rui

O banho (Portuguese)

Junto à ponte do ribeirão

Meninos brincam nus dentro da água faiscante.

O sol brilha nos corpos molhados,

Cobertos de escamas líquidas.

 

Da igreja velha, no alto do morro,

O sino manda lentamente um dobre fúnebre.

 

Na esquina da cadeia desemboca o enterro.

O caixão negro, listado de amarelo,

Pende dos braços de quatro homens de preto.

Vêm a passo cadenciado os amigos, seguindo,

O chapéu na mão, a cabeça baixa.

As botas rústicas, no completo silêncio,

Fazem na areia do chão o áspero rumor de vidro moído.

 

O sino dobra vagaroso: dobre triste

Na tarde clara que dá pena de morrer.

 

Cheios do inexplicável respeito pela morte

Os meninos correram para baixo da ponte,

Como se a sua nudez pura pudesse ofender a morte.

 

Vai agora subindo o morro do cemitério

O caixão negro listado de ouro.

Já não se vê mais, desapareceu atrás do mato.

 

E na água fugitiva do ribeirão

Os corpos nus cambalhoteiam de novo

Com o sentimento espontâneo e invencível da vida.



Uploaded byP. T.
Source of the quotationhttp://oficinahistorias.blogspot.hu

Fürdés (Hungarian)

A híd tövén, a csillámló patakban

pucér suhancok pocskolnak vígan.

Napfény szikrázik nyirkos testükön,

és bőrük tajték-pikkelyes.

 

Az öreg templomból, a dombtetőről

lélekharang lassú kongása hallszik.

 

Feltűnik a gyászmenet a saroknál.

A sárgabetűs fekete koporsó

négy gyászhuszár vállán imbolyog.

Nyomukban lassú léptekkel a barátok,

kezükben kalap, fejük lehorgad.

Teljes csönd. Csak a durva csizmák talpa

csisszen a parton mint a tört üveg.

 

Sír a kis harang, kong-bong szomorúan

a meghalást idéző alkonyi fényben.

 

A halál rejtélyes tiszteletével

a fiúk most a hid alá lapulnak -

ne sértse a halált víg pőreségük.

 

A temető lankás dombjára kaptat

az aranybetűs fekete koporsó.

Már alig látni. Eltűnik a fák közt.

 

S a patak surranó vizében újra

szökellnek a pőre testek – duzzad bennük

a kibuggyanó, legyőzhetetlen élet.



Uploaded byP. T.
Source of the quotationW. T.

minimap