Ady Endre: Chorar, chorar, chorar (Sírni, sírni, sírni in Portuguese)
Sírni, sírni, sírni (Hungarian)Várni, ha éjfélt üt az óra, Nem kérdezni, hogy kit temetnek, Ezüst sátrak, fekete leplek Állni gyászban, súlyos ezüstben, Zörgő árnyakkal harcra kelni, Hallgatni orgonák búgását, Lépni mély, tárt sírokon által Remegve, bújva, lesve, lopva Fázni holdas, babonás éjen Tagadni múltat, mellet verve, Megbánni mindent. Törve, gyónva Testamentumot, szörnyűt, írni
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Chorar, chorar, chorar (Portuguese)Esperar, ao bater da meia-noite, um ataúde que a mim se afoite.
Por quem se enterra não perguntar, dar á sineta no funeral.
Sob tendas de prata, e sob os negros véus, balançar uma cruz.
Estar de pé em luto, em prata grave, no fumo abafar da tocha que arde.
Dar combate às sombras em bulício, cantar em surdina um ofício.
Escutar dos órgãos os fundos ais, dos sinos o bramir, sepulcrais.
Por fundos sepulcros ir, abertos, com padre torvo, criados discretos.
Tremendo, escondendo-me, olho vivo, um estranho morto observar, furtivo.
Em noite de crendices e luar ter frio, em onda de incenso arfar.
Contra o peito, negar o passado, posto de joelhos, enfeitiçado.
Lasso, confessando-me, de tudo repeso, cair sobre ataúde.
Meu testamento, horrível, traçar e chorar, chorar, chorar, chorar.
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