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Anjos, Augusto dos: El último número (O último número in Spanish)

Portre of Anjos, Augusto dos

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O último número (Portuguese)

Hora da minha morte. Hirta, ao meu lado,

A Idéia estertorava-se... No fundo

Do meu entendimento moribundo

Jazia o Último Número cansado.

 

Era de vê-lo, imóvel, resignado,

Tragicamente de si mesmo oriundo,

Fora da sucessão, estranho ao mundo,

Como o reflexo fúnebre do Incriado.

 

Bradei: — Que fazes ainda no meu crânio?

E o Último Número, atro e subterrâneo,

Parecia dizer-me: “É tarde, amigo!

 

Pois que a minha autogênita Grandeza

Nunca vibrou em tua língua presa,

Não te abandono mais! Morro contigo!”



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Source of the quotationhttp://www.antoniomiranda.com.br

El último número (Spanish)

A la hora de mi muerte. Ya, a mi lado,

La Idea agonizaba... En lo profundo

Del viejo entendimiento moribundo

Yacía el Último Número cansado.

 

¡Qué duelo verle, inmóvil, resignado,

Trágicamente de sí mismo oriundo,

Ajeno a sucesión, extraño al mundo,

Cual fúnebre reflejo de lo Increado!

 

Gritéle: — ¿Qué haces aún preso en mi cráneo?

Y él, solitario, negro y subterráneo.

Parecía decirme: “¡Es tarde, amigo!

 

Visto que mi autogénita Grandeza

No ha vibrado jamás tu lengua presa,

¡No te abandono más! ¡Muero contigo!”  



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Source of the quotationhttp://www.antoniomiranda.com.br

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